sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
CONTO COM VOCÊ!!!!!!
Olá, amigos e amigas, estou participando do concurso "Seu talento pode ajudar alguém" promovido pelo Blog Mania Kids, com a matéria "CRIANÇA E BRINQUEDOS, UMA RELAÇÃO DE AMOR E APRENDIZADO"
O autor da matéria mais lida até o dia 10 de março, ganhará o direito de escolher a escola ou entidade que receberá um valor em brinquedos educativos.
Peço a todos vocês, amigos visitantes que cliquem no link abaixo e leiam a matéria "Criança e brinquedos, uma relação de amor e aprendizado" Repassem para os seus contatos.
Obrigadaaa!!! Bjos!!!!
Clique aqui!!!
www.maniakids.com.br/blog/
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
REVISTA PROJETOS ESCOLARES
Estou muito feliz por ter participado pela segunda vez da Revista Projetos Escolares Creche. Desta vez com as matérias sobre Datas Comemorativas: Atividades para desenvolver em sala de aula (um passo a passo para a confecção de um painel de datas comemorativas com a participação das crianças) e Data por data (como trabalhar as principais datas comemorativas inseridas nos conteúdos pedagógicos).
Agradeço a jornalista Bartira Betine que me encontrou atavés desse blog em setembro de 2009, valorizou meu trabalho publicando DVDs que educam, e continua valorizando.
Espero que leiam a revista, é super legal!!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
MINHAS RECORDAÇÕES
Fazíamos balanço nas árvores, subíamos pra pegar frutas, quando a fruta estava num local inatingível derrubávamos com pedradas.
Brincávamos em cima das árvores entre um galho e outro com uma agilidade incrível, ou ficávamos observando os passarinhos, que em sua maioria eram lavandeiras que ficavam sempre por perto do lago, ninguém se atrevia a tentar mexer com elas porque acreditávamos que quem matasse uma lavandeira ofenderia Nossa Senhora, porque a ave um dia ajudou a lavar as roupinhas do Menino Jesus.
As vezes eu me afastava um pouco da turma e ia colher aquelas pequenas flores, enfeitava os cabelos, fazia pequenos buquês e sonhava, pensando nas histórias dos livros que eu tanto gostava de ler.
Hoje, o nosso pé de genipapo, as mangueiras, o lago, as flores, nada disso existe mais, porém, permanecem na minha imaginação, como parte de uma infância feliz.
Zezinha
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
CARNAVAL DE GLÓRIA DO GOITÀ
As golas são bordadas pelos próprios caboclos, suas esposas, filhos, vizinhos e amigos.
O Maracatu Rural é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana no qual figuram os conhecidos caboclos de lança. É conhecido também por Maracatu de Baque Solto. Durante o carnaval, podemos ver a todo momento caboclos de lança, que circulam pela cidade exibindo suas roupas coloridas e brilhantes, depois se reunem e fazem belas apresentações: o conjunto do maracatu rural avança rapidamente em formação circular, os caboclos de lança correm por fora do círculo e as baianas e damas dançam num outro cículo interior, no centro no qual ficam o estandarte, a boneca e os caboclos de pena.
Os maracatus predominam no carnaval de Glória do Goitá
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
ATIRE A PRIMEIRA FLOR
Glácia Daibert
Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;
traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;
talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que
compreenda, de braços que confortem;
Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro
sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;
seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo,
talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja;
primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último;
quando a flor se sufocar na urze e no espinho,
que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga,
a afagar a pétala, a acariciar a flor;
e primeiro abrigo.
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;
que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita,
domingo, 14 de fevereiro de 2010
SEMPRE MENINA
Percorro as alamedas
Intrigada com a mutação
Transformações discretas
Resultados centenários
Que para tantos
Passam desapercebidos
Enormes rachaduras no chão
Fazendo emergir raízes
Que em contato com a umidade
Adoçam a minha respiração
Olho estes pequenos detalhes da vida
E num repente, passo a recordar
Reviver aquela menina
Que vasculhava formigueiros
Investigava insetos em troncos velhos
Aquela menininha
Que tinha um universo inteiro
Compactado em seu jardim
A cada dia, aconteciam novas missões
Curiosidade, muita vida
Pressionadas pelo mundo novo
Que crescia na minha alma de menina
Beatriz Prestes
sábado, 13 de fevereiro de 2010
FANTASIA
sábado, 6 de fevereiro de 2010
A MENINA E O PÁSSARO
Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Se a porta da gaiola estiver aberta, os pássaros comuns vão embora, para
nunca mais voltar...
Mas o pássaro da menina, voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas
pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o
algodão.
"Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo
maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo
a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das
árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que eu vi, como
presente para você..."
E assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a
menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do
pássaro.
Outra vez ele voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
"Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os
grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.
Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que
gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos
verdes."
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o
pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.
Mas chegava sempre a hora da partida. Chorava a menina e chorava o pássaro.
E a menina pediu ao pássaro que não mais partisse.
Eu vou lhe contar um segredo, disse-lhe o pássaro: as plantas precisam da
terra, os peixes precisam dos rios, nós precisamos do ar...
E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta,
que faz com que minhas penas fiquem bonitas.
Se eu não for, não haverá saudades. Eu deixarei de ser um pássaro encantado
e você deixará de me amar.
Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite. E foi numa
destas noites que ela teve uma idéia malvada.
Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre.
Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz".
Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola e ficou à espera. Finalmente
ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para
contar.
Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente o
prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.
Ah! Menina... o que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão
feias e eu me esquecerei das estórias...
Sem a saudade, o amor irá embora...
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto
não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente.
Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas se
transformaram num cinza triste. E veio o silêncio. Também a menina
entristeceu.
Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava pensando
naquilo que havia feito ao seu amigo... Até que não mais agüentou e abriu a
porta da gaiola.
Pode ir, pássaro, volte quando quiser...".
"Obrigado, menina. Eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade
chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas
começam a crescer dentro da gente."
E o pássaro partiu. Voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e
cada dia que passava a saudade crescia...
Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo.... E
colocava flores nos vasos à espera do seu amigo...
Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o
pássaro. Porque, em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar,
ele haveria de voltar.
À noite, a menina ia para a cama com saudades, mas também com a esperança do
reencontro renovada.
Ah! Mundo maravilhoso que guarda, em algum lugar secreto do Universo, em
plena liberdade, o pássaro encantado que se ama... E que um dia, com
certeza, vai voltar...
Rubem Alves
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