quinta-feira, 2 de julho de 2020


Poesia gloriense

Para celebrar com amor
Cada ano que se segue
De emancipação política
De Glória do Goitá
Espalharei versos brincantes
Em cada canto deste lugar.

Município que se fez valente
E entre versos acolhe a todos
Dá carinho e aconchego
A quem se aproxima da gente

Tem poesia no campo
E em nossa diversidade
Tem poesia no rio
Sobrenome da cidade.

Espalhando versos livres
Em cada canto do lugar
Nos costumes que embelezam
A cultura popular
Vejo do campo à cidade
Nos folguedos e festejos
A poesia brotar

Danço a ciranda da esperança
O coco de roda da alegria
O forró num abraço quente
O maracatu de baque solto
Com suas cores e fantasias.

Fico atento às histórias dos mestres
Mamulengueiros geniais
Com seus bonecos de madeira
Com graça, talento e destreza
Contam nossas vitórias
Nossas lutas
E nossos “ais”.

A magia do cavalo-marinho
Nem necessita de um palco
Noite adentro sob as estrelas
No terreiro de chão batido
Brincantes dão espetáculo.

Que Nossa Senhora da Glória
Interceda por todos nós.
E que seu filho, Jesus
Nos conceda paz e a alegria
De ver nossa cidade em festa
Transformada em poesia.


Zezinha Lins

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Márcia



Mulher menina
Menina mulher
Doce encanto
De luz e amor.
Sua presença entre nós
É um valioso presente
Que Deus nos ofertou.
Bondosa e solidária
Sempre pronta a ajudar.
Posso ler em seu olhar
Entre estrelas e sorrisos
A perfeita conjugação
Do precioso verbo 
Amar

Zezinha Lins

sábado, 9 de maio de 2020

Suzane


Como uma estrela
Ela tem brilho próprio,
Quando se vê estrela cadente
Ergue a cabeça e vai em frente,
Vida que segue.
Ela sabe que a vida nem sempre é leveza
Mas como toda guerreira
Sempre dá o seu jeito
.
Ela é floral
Costura em seu corpo
Suas pétalas coloridas
E alegra nossa vida
Com sua presença leal
Seu tímido e lindo sorriso
E sua doçura de mel.

Zezinha Lins

Esperança



Alguém, certo dia, escolheu a cor verde para colorir um dos sentimentos mais importantes que o ser humano precisa cultivar para o seu bem viver: a esperança.
A esperança é a força de quem acredita que o que virá será positivo, mesmo quando há indicações do contrário.
Contradizendo quem acha que ela é a última que morre, digo que é a primeira que nasce e renasce sempre que a semeamos pelos canteiros secos da vida. Sim, ela também nasce em terra seca e quando nasce, acontece o milagre da fertilidade, terra abundantemente fértil.
Se eu resolvesse desenhar a esperança, certamente desenharia uma âncora.
Que a esperança floresça em todos os corações e que sejamos férteis de positividade.
Zezinha Lins

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Lucas


E você, meu pequenino
Com seus cabelos de Sol
Que eu vi nascer e crescer...
Tornou-se um homem,
Um belo homem
Simpático, inteligente e trabalhador.
O que há em seu horizonte... não sei.
Mas desejo que você saiba
O que quer encontrar lá.
Que seja o melhor,
Conquistas dos esforços de cada dia.
Pois em minhas orações diárias
Peço a Deus que lhe dê saúde e prosperidade
Que você seja como uma árvore de madeira nobre,
De raízes fortes resistentes às tempestades da vida
E que dê bons frutos.
Que Deus lhe abençoe
Sempre.

Zezinha Lins


quarta-feira, 22 de abril de 2020

Mateus




Um belo rapazinho
Um perfeito cavalheiro em ação.
Seu sorriso encantador
Faz carinho no coração.
Você, meu menino,
Está crescendo a cada dia,
No futuro poderá ser
Aquilo que você escolher:
Mestre de Kung Fu,
Jogador de futebol
Ou quem sabe até
Um engenheiro de sucesso...
Sonha, meu menino,
E cresce
Enquanto isso, brinca,
Brinca muito
Com amigos, sozinho
Não importa,
Você tem tudo o que precisa:
Criatividade, imaginação
E muito amor.
Sua vida será sempre abençoada
Pelo Todo Poderoso
Nosso Deus
Nosso Senhor.

Zezinha Lins

domingo, 19 de abril de 2020

Diego



Sua especialidade
É ser muito especial.
Um príncipe de um grandioso reino
Uma vida construída de conquistas.
Vibramos a cada vitória sua.
Ah, menino amado e tão curioso
Quantas perguntas nos faz
São tantas que nos enrolamos nas respostas
Outras vezes desenrolamos
Satisfeito, se aquieta.
Com a pureza das fontes
De águas cristalinas
Você preenche todos os espaços
Do mundo e dos corações.

Zezinha Lins

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gustavo




Cada coisa em seu lugar,
Isso ele sabe bem.
Viaja fácil por dois mundos
E depois conta o que viu lá.
No mundo da imaginação
Mora o pensamento,
(Pensamento não fala,
Disse ele certa vez)
Mora também o super herói
E muitas, muitas histórias
No mundo real mora a mamãe e o papai,
O irmãozinho, a vovó
E a bicicleta também.
Moram os primos, as pedrinhas do jardim
E a escola.
Ah, menino, tão amado e tão esperto
Que quase nunca fica quieto,
Que brinca de gente grande
Chamando de "meu filhinho"
Seu primo pequenininho.

Zezinha Lins

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Menina Laura


Como uma linda estrelinha
A mais brilhante de todas
Em nosso céu você surgiu.
Um intenso raio de luz,
Um amor mais que perfeito,
Uma centelha Divina,
Um poema escrito por Deus.
Assim, mergulhamos felizes
Em cada sorriso seu.
Menina Laura,
Laura menina,
Você é a pureza
Que há na beleza
De um milagre de Deus.

Zezinha Lins

Menino Passarinho



Um pequeno viajante
De fértil imaginação,
Como o vento
Percorre o mundo.
E depois, ao lado do mapa
Descansa no chão da sala.
Ah, meu menino passarinho
De olhos espertos e curiosos,
Teu futuro é grandioso
Como é o nosso amor.
Coloridas aventuras,
Um mundo inteiro a explorar...
Teus passos e voos nesta vida
Serão guiados com amor
Pelo Todo Poderoso
Nosso Deus
Nosso Senhor.

Zezinha Lins

(Poema para Netinho)


terça-feira, 14 de abril de 2020

Desdobramentos

Um único livro sempre nos oferece uma infinidade de possibilidades, seja ele escrito por nós ou por outro autor. Costumo fazer esses desdobramentos nos livros que leio principalmente nos que escrevo. Hoje, olhei para a minha obra mais recente E Por Falar em Mulher... com mais um novo olhar, olhar de início de ano novo. Juntando o conteúdo e o formato do livro com esse novo olhar, refaço caminhos. O livro dividido em quatro etapas leva-me para uma viagem diferente, uma brincadeira de viajar pelo Ano Novo percorrendo seu calendário com propostas que se completam. Afinal é assim a vida, nada acontece isoladamente, uma cadeia de ação e reação vai se formando enquanto encaramos mais um ano, enquanto a vida acontece.
Janeiro, fevereiro e março: tempo da poda, cortar nossas arestas, os galhos que absorvem nossas energias. Tempo de intimidade interior.
A Procura de Mim
(...)
Procuro a mim mesma
E tudo que em mim se esconde
Sem interferências ou influências,
Sem heranças nem lembranças.
Preciso percorrer o labirinto do meu ser,
É lá que vou encontrar
Na intimidade da minha alma
Meu pensar, minha palavra,
Meu genuíno viver.
Abril, maio e junho: novos brotos começam a surgir. Esperança renovada, crescimento. Tempo do despertar da amorosidade.
Amor Semente
Olhar para o outro
Sem pressa, contemplá-lo
Descortinar no outro
O que ainda ninguém viu
O outro que eu vi chegar
E que eu não quero ver partir
A quem eu conto quem sou
Para dizer quem não sou.
Um amor complacente
Antes imprevisível
Agora, amor semente.
Julho, agosto e setembro: surgem as flores, aromas compartilhados. Tempo da Solidariedade.
Acolhimento
O cravo brigou com a rosa
E saiu batendo a porta
Outra flor ele encontrou
Foi então que se instalou
Na rosa a melancolia.
Ninguém ouvia seus gemidos
Nas dores do dia a dia.
Mas a florista desconfiada
Em um buquê a colocou
Acolhida entre outras rosas,
Orvalhada, compartilhou
Seus novos sonhos perfumados
Essências de um novo amor.
Outubro, novembro e dezembro: finalmente frutos são colhidos, por duas ou quatro mãos os frutos são sempre bem-vindos. Poder sobre si mesmo, equilíbrio. Tempo do Empoderamento.
Voz
A primeira vez que permiti
Que o amor se derramasse em mim,
Descobri o amor próprio.
Quando me amei de verdade
Evolui o pensar,
O agir, o falar.
(...)
Zezinha Lins

O Meu e Outros Mundos

Quando eu era criança gostava de brincar de sonhar e de viver. Meu mundo era tão lindo, tudo era grande, muito grande. Eu tinha um açude tão grande que nem sentia falta do mar que eu só conhecia de ouvir falar. Minhas árvores eram enormes e seus galhos me protegiam quando lá, eu resolvia morar. Mas grande mesmo era o céu, tão estrelado à noite e quase sempre tão azul de dia. Mas o avião que lá em cima passava era pequeno, muito pequeno, menor que os passarinhos que bebiam água no açude e brincavam de se banhar. Acho que o avião vinha de outro mundo, um mundo bem distante e tudo que não pertencia ao meu mundo, era pequeno e sem cor. Acho que era porque faltava intimidade.
A minha imaginação também era grande, tínhamos bastante intimidade, sendo assim, viajávamos por dentro dos livros e de lá eu trazia um montão de coisas, principalmente palavras. Elas saíam dos livros e logo ficávamos íntimas. Descobri como era incrível brincar com as palavras. Foi assim que percebi que as coisas dos outros mundos não eram tão pequenas assim, eram apenas diferentes. Todas as palavras que fui conhecendo foram crescendo, pois agora faziam parte do meu mundo. As palavras me ensinaram que o meu mundo não é formado apenas pelo açude, pelas árvores, pelo céu... Mas por tudo o que eu quisesse. Hoje eu sei, meu mundo é infinito.
Zezinha Lins



Conversa Com Verso

As metáforas e os poetas são como águas do mesmo rio, os dois convivem juntos tentando sempre pescar nas águas um do outro. O peixe que vem de lá é sempre melhor. Numa brincadeira infinita os dois se desafiam, dessa convivência de amor e caça, nasce a poesia.
Conversa de poetas
Ele: O Poeta não se apaixona por retas e curvas de um corpo, o poeta se apaixona pela alma.
Ela: Verdade, sei disso
Ele: Desejo conhecer a alma dessa poetisa
Ela: ....
Ele: Que rumo segue o barco da tua alma?
Ela: Rumo das águas tranquilas.
Ele: Sou vento forte ... posso mudar o rumo do teu barco.
Ela: Ajusto minhas velas, sozinha.
Ele: Sábia comandante. As tempestades também são imprevisíveis.
Ela: Atravesso cada uma e sempre saio mais forte.
Ele: Tua inteligência aguça a tempestade...
Ela: Depois da tempestade sempre volta a calmaria.
Ele: Na calmaria a tempestade se fará um beija-flor em voo rasante a sugar o néctar mágico da flor no barco da esperança.
Ela: A esperança atrai o beija-flor e toda a magia da natureza que floresce em cada flor que um dia foi apenas semente.
Ele: Semente intensa e voraz em terra fértil com cheiro de chuva ...
Ela: Brota
Ele: Aos cuidados do jardineiro que deseja roubar um beijo da bela flor
Ela: A flor necessita do beijo do Sol.
Ele: Teu sorriso age como brisa forte no galho que acolhe o beija-flor e esse por sua vez, em voo rasante se faz Sol nas pétalas da bela flor... sugando todo o néctar de sabor único e mágico.
Ela: As flores precisam se proteger dos jardineiros desconhecidos, uns cuidam, outros fingem trabalhar, mas não as valorizam e se divertem desfolhando-as num passatempo sem nexo enquanto observam o roseiral.
Ele: Desculpe. Vamos aguardar a próxima estação.
 Dueto: Cantopoético e Zezinha Lins