Recebi um pps de um amigo, e uma foto me chamou muito a atenção, essa menininha brincando com flores no campo. Lembrei da minha infância. Naquela época, aqui na minha cidadezinha, a maioria dos quintais eram enormes, não tinham muros. O quintal da minha casa se encontrava com outros quintais e com um espaço enorme onde havia um lago, pequenas flores silvestres e uma variedade de árvores frutíferas, as preferidas pela meninada, (todas irmãs e primas, umas dez meninas) eram as mangueiras e um solitário e querido "pé de genipapo" que ficava no ponto mais alto daquele lugar, que pra nós era o paraíso.
Fazíamos balanço nas árvores, subíamos pra pegar frutas, quando a fruta estava num local inatingível derrubávamos com pedradas.
Brincávamos em cima das árvores entre um galho e outro com uma agilidade incrível, ou ficávamos observando os passarinhos, que em sua maioria eram lavandeiras que ficavam sempre por perto do lago, ninguém se atrevia a tentar mexer com elas porque acreditávamos que quem matasse uma lavandeira ofenderia Nossa Senhora, porque a ave um dia ajudou a lavar as roupinhas do Menino Jesus.
As vezes eu me afastava um pouco da turma e ia colher aquelas pequenas flores, enfeitava os cabelos, fazia pequenos buquês e sonhava, pensando nas histórias dos livros que eu tanto gostava de ler.
Hoje, o nosso pé de genipapo, as mangueiras, o lago, as flores, nada disso existe mais, porém, permanecem na minha imaginação, como parte de uma infância feliz.
Zezinha
Fazíamos balanço nas árvores, subíamos pra pegar frutas, quando a fruta estava num local inatingível derrubávamos com pedradas.
Brincávamos em cima das árvores entre um galho e outro com uma agilidade incrível, ou ficávamos observando os passarinhos, que em sua maioria eram lavandeiras que ficavam sempre por perto do lago, ninguém se atrevia a tentar mexer com elas porque acreditávamos que quem matasse uma lavandeira ofenderia Nossa Senhora, porque a ave um dia ajudou a lavar as roupinhas do Menino Jesus.
As vezes eu me afastava um pouco da turma e ia colher aquelas pequenas flores, enfeitava os cabelos, fazia pequenos buquês e sonhava, pensando nas histórias dos livros que eu tanto gostava de ler.
Hoje, o nosso pé de genipapo, as mangueiras, o lago, as flores, nada disso existe mais, porém, permanecem na minha imaginação, como parte de uma infância feliz.
Zezinha