Quando eu era criança gostava de brincar de sonhar e de viver. Meu mundo era tão lindo, tudo era grande, muito grande. Eu tinha um açude tão grande que nem sentia falta do mar que eu só conhecia de ouvir falar. Minhas árvores eram enormes e seus galhos me protegiam quando lá, eu resolvia morar. Mas grande mesmo era o céu, tão estrelado à noite e quase sempre tão azul de dia. Mas o avião que lá em cima passava era pequeno, muito pequeno, menor que os passarinhos que bebiam água no açude e brincavam de se banhar. Acho que o avião vinha de outro mundo, um mundo bem distante e tudo que não pertencia ao meu mundo, era pequeno e sem cor. Acho que era porque faltava intimidade.
A minha imaginação também era grande, tínhamos bastante intimidade, sendo assim, viajávamos por dentro dos livros e de lá eu trazia um montão de coisas, principalmente palavras. Elas saíam dos livros e logo ficávamos íntimas. Descobri como era incrível brincar com as palavras. Foi assim que percebi que as coisas dos outros mundos não eram tão pequenas assim, eram apenas diferentes. Todas as palavras que fui conhecendo foram crescendo, pois agora faziam parte do meu mundo. As palavras me ensinaram que o meu mundo não é formado apenas pelo açude, pelas árvores, pelo céu... Mas por tudo o que eu quisesse. Hoje eu sei, meu mundo é infinito.
A minha imaginação também era grande, tínhamos bastante intimidade, sendo assim, viajávamos por dentro dos livros e de lá eu trazia um montão de coisas, principalmente palavras. Elas saíam dos livros e logo ficávamos íntimas. Descobri como era incrível brincar com as palavras. Foi assim que percebi que as coisas dos outros mundos não eram tão pequenas assim, eram apenas diferentes. Todas as palavras que fui conhecendo foram crescendo, pois agora faziam parte do meu mundo. As palavras me ensinaram que o meu mundo não é formado apenas pelo açude, pelas árvores, pelo céu... Mas por tudo o que eu quisesse. Hoje eu sei, meu mundo é infinito.
Zezinha Lins