Meu olhar perdido
Num espelho qualquer
Lembra-me do ontem
Da cor quente do arrebol
Quando nele abrigava
A fulgente luz do Sol.
Meu corpo teima em falar de vida
Minha voz emite amor
Coração chove, sereno.
Quieta, espero, hiberno
Enquanto observo em silêncio
O meu olhar de inverno.
Ai de mim, sem meus invernos
Quando busco dentro de mim,
abrigo
Quando rego com lágrimas, meu
solo
E de verde, visto-me inteira.
Aprendendo a viver meus invernos
Fortaleço meu viver de
incertezas.
Poema do livro E POR FALAR EM MULHER de
Zezinha Lins