Enquanto eu não encontrar
O estreito caminho
Que me conduz
Ao mais íntimo do meu ser;
Enquanto eu não for capaz
De dialogar comigo mesmo
Encarando os meus fantasmas
Dando nome a cada um;
Enquanto eu não me reconhecer
Um ser em construção
Banhado de imperfeições
E não encontrar em mim
O desejo visceral
De ser melhor a cada dia,
Serei um estranho de mim mesmo.
Poema do livro E por falar em mulher...
de Zezinha Lins