sábado, 21 de outubro de 2017

Um certo tipo de amor


Num domingo à tarde, depois de ver um filme de romance do qual não sei o título porque comecei a ver quase no final, atrevo-me a escrever sobre o amor. Nada fácil para mim, pois meu ponteiro nunca apontou para a pessoa certa. Porém, o amor está tão impregnado em nós e é tão subjetivo que melhor do que escrever sobre experiências é deixar-se levar pela intuição, pela emoção e deixar as palavras fluírem cheias de sabor como bombons recheados de surpresas. E como quem saboreia um brigadeiro, sigo preenchendo essas linhas com a sabedoria de quem reconhece que nada sabe sobre o assunto. Porém, na minha ignorância sobre esse sentimento tão falado, aliás mais falado do que vivido, vou tecendo minhas ideias.

Acredito que amor e sofrimento andam juntinhos, de mãos dadas. Se não somos correspondidos, ai que dor! Que tristeza! Se somos e vivemos o amor plenamente, ai que dor! Que medo de perder a pessoa amada! Aí, vem o ciúme, e a dor aumenta. Mas acredito que pior do que essas dores de amor, é nunca ter sentido esse complexo sentimento que faz os olhos e a alma sorrirem em alguns momentos e chorarem em outros. Mas tem um tipo de amor que nos completa e nos faz grande, nos faz pessoas melhores na doação do afeto ao outro. É o amor-próprio, ele que nos oferta qualidades fundamentais para saber amar o outro: dignidade, autoestima do jeito certo, sem narcisismo. Sem esse bendito amor, ai que dor! 

Zezinha Lins