O vestido era simples e elegante,
negro, cor da noite.
Um decote um pouco ousado
Seus seios eram os bordados.
Um tecido leve, quase transparente
negro, cor da noite.
Um decote um pouco ousado
Seus seios eram os bordados.
Um tecido leve, quase transparente
Nada se via,
Mas ele a olhava e seu olhar fascinado o traia
Com aquele brilho intenso, de quem tudo via.
Os pés quase nus, umas sandálias os contornavam
Saltos altos e elegantes.
Passos leves...
Flutuava...
Maquiagem leve,
Realçava no rosto a felicidade
E os cabelos curtos
deixavam a nuca em liberdade.
Ela entra no salão, o baile já começara
Ele pára, olha, hesita, pensa:
E os cabelos curtos
deixavam a nuca em liberdade.
Ela entra no salão, o baile já começara
Ele pára, olha, hesita, pensa:
Ela é um sonho? Ou é real?
Ele ousa, fita-a, já não consegue desviar
Aproxima-se e a convida pra dançar.
Ela se deixa abraçar, se deixa levar
A música os embala, os embriaga...
Parece um sonho
Dois corpos unidos, num só ritmo...
O perfume... O calor... O toque...
Ela sente a respiração quente na sua nuca
Arrepia-se, entrega-se,
Aquela dança,
Aquela noite é só magia
Ele então descobre o principal.
Ela é mais que um belo vestido
Com um decote sensual,
Ela é no mínimo um perigo
Que ele nunca viu igual.
Ela é mais que um belo vestido
Com um decote sensual,
Ela é no mínimo um perigo
Que ele nunca viu igual.
Inspirado no poema “O Principal” de Silvana Duboc